Vilarinho de Agrochão
é freguesia do concelho de Macedo de Cavaleiros,
no distrito de Bragança, que se encontra
localizada num cabeço em esporão
sobre um meado apertado do Rio de Macedo. Esta
localização geográfica proporcionou-lhe
excelentes condições defensivas,
pois o acesso apenas é possível
pelo lado leste, pelo colo de acesso onde foi
escavado um fosso profundíssimo, junto
à fortificação que rodeia
o povoado.

A área de Vilarinho de Agrochão
é de 1384 hectares, estando a delimitá-la
as freguesias de Lamalonga, Arcas e Murçós,
todas pertencentes ao mesmo concelho.
A linha de muralha, quase impossível de
trespassar, tem uma extensão desconhecida,
pois encontra-se ocultada pelo denso matagal que
existe na freguesia, sabendo-se apenas que há
um torreão também junto ao fosso.
O seu povoado remonta à Idade do Ferro
como comprovam os fragmentos de cerâmica
manual encontrados.
Os romanos passaram também por aqui,
como de resto aconteceu em todo o concelho, tendo-se
encontrado muitos fragmentos de tégula,
no caminho de terra batida no sopé do povoado,
mas não no povoado propriamente dito.

É possível que se tenha feito
extracção de minério no fosso,
dado que a sua profundidade resultante de cortes
na vertical poderá ter servido como corta
para essa actividade. O abrigo, que é mencionado
pela população e por bibliografia
e que existiria junto ao fosso, foi tapado por
um muro, construído em data indeterminada,
e que atravessa o fosso de lado a lado.
Provavelmente, também os mouros aqui
estiveram se atentarmos no topónimo "Lugar
do Castelo dos Mouros".

Pertenceu ao Julgado de Torre de Dona Chama
até à sua integração
no Julgado e Concelho de Macedo de Cavaleiros
por extinção do primeiro por Decreto
de 24 de Outubro de 1855, publicado no Diário
do Governo nº23 de 19 de Novembro de 1855.
Nessa época o Presidente do Concelho de
Ministros era o Duque de Saldanha.
O seu orago é Santo Antão.
O seu património é constituído
pela Igreja Matriz, pelo Solar de Vilarinho de
Agrochão, pelo Cruzeiro, pelo Nicho de
Nossa Senhora de Fátima, por Fontes de
Mergulho, por Bebedouros, por Tanque Públicos,
por Fontanários, por Moinhos de água,
por Casas de fachada em cantaria e pelo Lugar
do Castelo dos mouros (Castilhão). |